Outras palavras... "Aprendi novas palavras
E tornei outras mais belas
Eu preparo uma canção
Que faça acordar os homens
E adormecer as crianças"
(Drumont)
quinta-feira, outubro 31, 2002
<Clara Beauty> Coisas boas e ruins.
As ruins eu deixo pra lá, mas a boas eu conto:
Me inscrevi no mestrado da Sociologia da UFC e farei o mesmo na História. A Adelaide está me orientando.
Dedos cruzados.
Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo,
mas estou cheio de escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transige
na confluência do amor.
Quando me levantar, o céu
estará morto e saqueado,
eu mesmo estarei morto,
morto meu desjeo, morto
o pântano sem acordes.
Os camaradas não disseram
que havia uma guerra
e era necessário
trazer fogo e alimento.
Sinto-me disperso,
anterior a fronteiras,
humildemente vos peço
que me perdoeis.
Quando os corpos passarem,
eu ficarei sozinho
desafiando a recordação
do sineiro, da viúva e do microscopista
que habitavam a barraca
e não foram encontrados
ao amanhecer
esse amanhecer
mais que a noite.
Drummont, como não poderia deixar de ser hoje.
Aliás, ele era escorpiano. Assim como eu.
Raindrops on roses and whiskers on kittens
Bright copper kettles and warm woollen mittens
Brown paper packages tied up with string,
These are a few of my favorite things.
Cream coloured ponies and crisp apple strudel,
Door bells and sleigh bells and schnitzel with noodles
Wild geese that fly with the moon on their wings,
These are a few of my favorite things.
Girls in white dresses and blue satin sashes,
Snow-flakes that stay on my nose and eye-lashes,
Silver white win-ters that melt into spring,
These are a few of my favorite things,
When the dog bites,
When the bee stings,
When I'm feeling sad,
I simply remember my favorite things,
And then I don't feel, so bad.
<Clara Beauty> Garota solteira (+ ou -) procura...
Emprego. Urgentemente.
Alguém sabe onde precisam de repórter? Assessora de imprensa? Redatora?
Não importa o meio, já trabalhei em todos.
Grana tb é discutível. Só não quero ficar mais tempo parada.
<Clara Beauty> Seu "Renato" Albuquerque, aquele do Barra Pesada mesmo, agora tem um blog que é tudo, o Antena Paranóica.
E eu tive a honra de ser citada por ele e ter meu email publicado lá, na sexta-feira passada.
Très chic, non?
<Clara Beauty> Ficar sem net é a morte. Descobri isso depois quer abri minha caixa de emails e tinha nada menos que 127 mensagens para pelo menos passar a vista. Isso depois de paenas 10 dias sem acessar.
Deletei tudo quando foi de spam e forward - que eu odeio!!!!.
Aos amigos que escreveram prometo responder em breve.
<Clara Beauty> I am back (viva o inventor do cybercafé)
Olá, crianças. Sentiram minha falta?
Voltei. Mas infelizmente as novidades não são muito boas. Estou desempregada (Alguém tá precisando de uma assessora de imprensa aí???), e com o dolar a 4 reais Londres está adiada definitivamente para Deus sabe quando.
De coisa boa, só que eu vou recomeçar a yoga hoje e que tentarei uma vaga no mestrado (isso se encontrarem minha monografia!!!).
Ah, sim: eu e o MarCéu estamos muito bem, obrigada. Mil planos para breve - prometo que conto tudo a medida que forem acontecendo.
Gente, acho que estou perdendo o jeito de escrever em blogs....
<Clara Beauty> Podem preparar a feijoada que eu estou voltando....
Descobri um cybercafé na esquina da minha casa. Melhor preço: R$ 2,40 a hora.
Não vou poder escrever com a mesma frequencia mas pelo menos não ficarei tão ausente.
<Clara Beauty> Estou aqui no comitê. Maior clima de velório.
Enquanto limpo meus arquivos pessoais do computador, separo as minhas fotos tiradas em plena campanha, esvazio a gaveta, só ouço o som do ar condicionado.
Ninguém se olha no olho direito. Cada um atribuindo a derrota a alguma coisa.
Perder é sempre ruim.
Até quando você não acredita naquilo pelo qual você estava trabalhando.
<Clara Beauty> Acabou-se a eleição.
O Senadorzão perdeu e feio. Uma vergonha. Apesar de ... bem, vocês sabem,.... não pude deixar de sentir pena. Não por ele ter ficado em terceiro, com uma votação vexaminosa, mas por isso ter significado o fim do sonho de alguém.
Eu imagino quantos anos ele não deve ter sonhado com essa vitória. O tanto que ele planejou, investiu. E no fim, não deu. O planejamento, o investimento foi errado.
O problema é que o sonho dele envolvia outras pessoas. Mais precisamente cerca de 5 milhões de cearenses. E apenas 11% acreditou nele.
Paciência.
A vida não é feita só de sonhos individualistas.
<Clara Beauty> E como eu disse, minha fase polida e educada com algumas pessoas chegou ao fim.
Como diria Noel, vou tratar você com força bruta pra poder me reabilitar.
E já comecei.
Quem viver, verá.
<Clara Beauty> Antes que eu me esqueça, ontem eu fui ao cinema. Assistir ao filme do Mel Gibson, Signs.
Official Site: Signs.Movies.com
Director: M. Night Shyamalan
Distributed by: Touchstone Pictures
Theatrical Release Date: August 2, 2002
A thriller set in Bucks County, Pennsylvania focusing on the mysterious appearance of a five-hundred-foot design of circles and lines carved into a family's crops. Mel Gibson stars as Graham Hess, the family patriarch, who is tested in his journey to find the truth behind the unfolding mystery. Joaquin Phoenix is Merrill Hess, brother to Graham and a former minor league baseball star.
Cast:
Mel Gibson, Joaquin Phoenix, Rory Culkin (o irmão do Maculay)
Rapaz, pense num filme ruim!
Isso de matar ET com água é velho, viu? Alguém avisa o roteirista.
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Pessoa de novo. Mais precisamente, Álvaro de Campos.
<Clara Beauty> cinismo [Do gr. kynismós, pelo lat. cynismu.] S. m. 1. Hist. Filos. Doutrina e modo de vida dos seguidores dos filósofos socráticos Antístenes de Atenas (444-356 a.C.) e Diógenes de Sínope (413-323 a.C.), fundadores da Escola Cínica, que pregavam a volta à vida em estrita conformidade com a natureza e, por isso, se opunham radicalmente aos valores, aos usos e às regras sociais vigentes. [Cf. socratismo.] 2. P. ext. Impudência, desvergonha, desfaçatez, descaramento. [Cf. cenismo.]
....
Eu acho que a gente tem mais é que se assumir.
Assumir que somos filhos de Deus, mas do Diabo também.
<Clara Beauty> ética . [Do lat. ethica < gr. ethiké.] S. f. Filos. 1. Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto. [Cf. bem (1) e moral (1).]
.....
Alguém acredita nisso?
Eu quero dizer, somos éticos de fato?
Nossa conduta é irrepreensível 100% do tempo acordado?
Temos o direito de atirar a primeira pedra?
...
Eu acho que não.
</Clara Beauty>
<!--10:49 da manhã-->
terça-feira, outubro 01, 2002
<Clara Beauty> Da inveja e de outros demônios internos É uma praga namorar quem escreve bem.
E é espetacular também.
Você tem a impressão fulgás de que todas as palavras já criadas e ainda os neologismos que hão de vir são seus.
Mas não.
Não são.
As palavras batem, ressoam e vão embora. Escorrem por entre os dedos. Deixam pra trás só o eco. Ou os destroços, como que depois do cataclisma.
<Clara Beauty> Os meus apelidos e nicks (do passado e do presente):
Nina Rosa, Clara Beauty, Celina Kyle, Clara Bela, Beauty, Clara Bel, Bel, Clara Brisa Bel, Brisa, Maria, Nininha, Fiapo, Bicho de coco, Cainha (esse foi a Ciça que me deu), Cacáia, Caíca, Clarita (odeio!)....
Eu, me, moi, io:
Clara "Beauty" Quintela
Tenho 26 anos. Nenhum ano a mais ou a menos - 05/11/1976
Típica escorpiana, ascendente sagitário
Jornalista
Gosto de Van Gogh, piano clássico, Cinema Paradiso e paella
Temperamental, teimosa que só vendo e sinceridade causticante
De noite na cama, de dia no mundo
De malas prontas para Londres (com fé em Deus... ainda
